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Paraninfos fazem, em nome do Colégio, discursos em homenagem aos alunos do Terceirão

Paraninfos fazem, em nome do Colégio, discursos em homenagem aos alunos do Terceirão

12 / DEZ /2023 Ens. Médio

Os paraninfos escolhidos pela turma da 3ª série do Ensino Médio – a professora de Língua Portuguesa Érika Bergamasco Guesse Borges e o professor de Física Rafael Musa Lyrio do Valle – deixaram, na solenidade de entrega dos certificados simbólicos de conclusão de curso, uma mensagem muito especial aos alunos concluintes em nome de toda a equipe do Colégio.
Seguem, na íntegra, as mensagens dos paraninfos.
Boa noite a todos! Boa noite, Terceirão!
“Compositor de destinos/ Tambor de todos os ritmos/ Tempo, tempo, tempo, tempo.../ És um dos deuses mais lindos...”
Sempre que vivemos um momento difícil, ouvimos daqueles que nos rodeiam: “Dê tempo ao tempo. Com o tempo tudo se ajeita. Conforme o tempo passar, vai melhorar...”
Confesso que, nos últimos três anos, ouvi isso várias vezes!
No fundo, não acreditamos muito, mas, em algumas situações, não nos resta outra alternativa a não ser confiar na misericórdia de Deus, que usa o Senhor Tempo para colocar cada ser e cada coisa em seus devidos lugares. E foi o Senhor Tempo, com sua sabedoria e generosidade, que me trouxe até aqui, até vocês!
E falando em tempo.... 2 anos, 730 dias, 17520 horas, 400 dias letivos... foi esse o tempo que a vida nos deu para construirmos nossa trajetória escolar juntos. Há quem possa dizer que foi pouco... Mas quem é capaz de julgar as decisões do Tempo, que, por sua vez, só cumpre a vontade divina?
Foram dois anos em que, em cada período que nos foi permitido estarmos juntos, construímos sentimentos de afeto, confiança, cumplicidade, carinho, aprendizado... laços tão bem estabelecidos, que o Tempo cuidará de manter.
“Foi o tempo que dedicaste a tua rosa que a fez tão importante” – disse a raposa ao Pequeno Príncipe.”
Vocês são minhas rosas! A vocês, rosas do meu jardim, com muito amor, procurei dedicar os melhores ensinamentos e cuidados e, assim como são especialistas as flores, vocês me devolveram beleza, perfume, delicadeza, colorindo e alegrando cada um dos dias em que estivemos juntos.
Saibam que, dentre tantas flores que passaram e passarão pelo meu jardim, vocês sempre serão únicos, nas suas potencialidades, individualidades, capacidades... e, mesmo que estejam, a partir de agora, florindo outros caminhos, outras vidas, os perfumes de suas presenças permanecerão guardados na minha memória e no meu coração!
Não há tempo melhor aproveitado do que aquele dedicado à construção de laços de afeto. Continuem exalando pela vida esperança, tolerância, respeito, gratidão e saibam usar seus espinhos (já que todas as flores os possuem) apenas quando realmente for necessário para se defenderem dos reais perigos do caminho.
Quanto ao futuro, ousem, mas também reflitam! Batalhem, mas também vivam a calmaria! Sejam fortes, mas também peçam ajuda! Sejam corajosos, mas também prudentes! Estudem, mas também façam amigos! Trabalhem, mas também se divirtam! Amem, cultivem e exercitem sua fé, cuidem-se... Vivam e sejam felizes, afinal “A vida é incrível. E depois é difícil e depois é incrível novamente e entre o incrível e o ruim, a vida é comum e rotineira. Respire o incrível. Segure-se durante o difícil” e seja extraordinário na vida ordinária, como tão bem nos ensinou nossa Mestra Fundadora, Santa Paula. “É apenas a vida... Às vezes, desoladora, mas sempre curadora, incrível. Difícil, comum. E incrivelmente bela!”
Que Deus os abençoe e Santa Paula os guie e proteja!
Vocês foram um presente muito especial que o Tempo me trouxe! Contem sempre comigo e obrigada por tudo! Amo vocês! (Professora ÉRIKA BERGAMASCO GUESSE BORGES)

Reverendíssima Irmã Cecília, nossa Diretora, Irmãs da Congregação aqui presentes, Juliana, Tatiana, amigos professores, amigos funcionários, senhores pais, queridos alunos, boa noite!

Juro que vou tentar não me emocionar. Vocês são alunos muito queridos pra mim, realmente especiais. Vocês fazem parte da primeira turma para a qual eu contei que seria pai e foi desta sala o primeiro presente que a minha filha Clarice ganhou. 
Vocês foram a primeira turma para que dei minha primeira aula online durante a pandemia e a turma que mais me deu carinho e atenção durante as aulas remotas. Passei quatro anos ao lado de vocês, mesmo que parte deste tempo “separados por duas telas”, e já sinto falta das manhãs de quarta, das tardes de quinta e do nosso encontro de sexta. 
Chamo nossas aulas de encontro, pois, além de uma aula de física, sei que estes momentos sempre foram carregados de algo muito maior, muito mais intenso e muito bonito: o respeito mútuo. Como já disse o pensador Rumi: “Eleve suas palavras, não a sua voz. É a chuva que faz as flores crescerem, não os trovões e nem a tempestade”. Nossos encontros foram regados por isso: respeito pelo outro, respeito por esta Casa Santa de Paula, pelas pessoas que aqui trabalham e estudam, respeito por esta Obra. É sobre isto que vou falar hoje: o respeito. 
Embora tenha sido o respeito que nos guiou, nos fundamentou e nos uniu, hoje vou falar de um respeito diferente, um respeito que, hoje em dia, está sendo muito discutido, mas pouco praticado: o respeito ao tempo. Nós, físicos, gostamos muito do tempo, mesmo que ainda ele não seja tão bem compreendido por nós, mas hoje não vou falar quase nada sobre física. Quase nada. 
Também não vou aqui falar para vocês estudarem muito na faculdade e levarem seus cursos a sério. Não que isso não seja importante. É claro que é. Apenas sei que isso vocês já irão fazer e o farão muito bem. Mas, neste mundo frenético por resultados, por bom desempenho, em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, em cursos que prometem métodos revolucionários de aprendizado em um curto prazo (consiga o que você deseja em uma semana!), o burnout e o cansaço mental estão cada vez mais presentes e cada vez mais comuns. Premeditados. Normalizados. “Estude enquanto eles dormem”; “Seja empreendedor da sua vida”, “Você não é rico, porque não quer”. “Torne-se um milionário!”. Já ouviram isso em algum podcast? 
Lembrem-se, meu caros: o coração continua batendo no mesmo ritmo, o dia ainda tem 24 horas e a entropia sempre vence. Há certas coisas na vida que são imutáveis. E uma delas é a importância do tempo em cada passo que vocês derem, em cada escolha que fizerem. “Quando você começa a caminhar, o caminho aparece e quanto mais rápido você for, menos observará a beleza do caminho”. Tão importante quanto o tempo que vocês irão se dedicar neste caminho, é o tempo que vocês irão usar para viver aquilo que os torna realmente humanos. 
Ouvir ou produzir uma boa música, conversar com seus amigos, contar e ouvir histórias, dar boas risadas, ir ao teatro, chorar, se emocionar. Todos os momentos que ouço de amigos e conhecidos como importantes para suas vidas envolvem momentos em família, um jogo de campeonato dos filhos ou amigos, um abraço apertado, um beijo, um colo, um passeio, um tombo engraçado, um sorriso, um olhar. Quantos de nós em um momento de tédio buscamos coisas para ‘passar o tempo’? Quão tolo somos! Segundo o mesmo Remi: “Talvez o que você esteja buscando nos galhos, você só encontrará nas raízes”. Não precisamos passar o tempo. 
A felicidade plena é vivida quando desejamos que o tempo pare ou demore a passar, pois não queremos que aquilo acabe. Este é o objetivo. Dar valor a momentos assim e não desperdiçar a chance de vivê-los. Viver, meus queridos alunos, é uma arte. Não estou falando existir. Estou falando viver. Viver plenamente é uma arte e, para isso, vocês precisam entender que nessa vida a solidez das coisas boas está no tempo que nos dedicamos a elas. E, para nos conectarmos àquilo que é importante, precisamos aprender a nos desconectar de outras coisas que nos vendem como importantes, pois querem roubar nosso tempo e nossa atenção para que sejamos consumidores de coisas que desejamos pouco por pouco tempo e que depois nem lembraremos mais. 
Consumidores do instantâneo deixamos de viver momentos eternos. Sem percebermos, se deixarmos isso acontecer, estaremos deixando que roubem a nossa própria vida. Não permitam que isso aconteça. Não permitam. Não deixem que roubem de vocês a capacidade de viver o ordinário, o cotidiano, de ver a beleza e a importância nas coisas simples: a leitura de um bom livro, um momento de oração, de contemplação da natureza, uma conversa jogada fora sentados na calçada vendo o pôr-do-sol no fim de tarde, o vento batendo no rosto, o bolo que queimou lá na cozinha ou a bola que quebrou o vidro da sala. E, em todos os momentos de turbulência que vocês viverem, “Que o silêncio seja o seu escudo, e seu coração ouça a voz de Deus”. 
Parabéns! Sucesso e um beijo no coração de todos! (PROFESSOR RAFAEL MUSA LYRIO DO VALLE)

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