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A construção do Colégio

Quando surgiu a ideia da fundação de uma Escola Normal em Bebedouro, nos idos de 1927, a cidade de Bebedouro passava por uma época de expansão, em razão do sucesso da cultura cafeeira. No entanto, a tramitação para a vinda das Irmãs Doroteias foi demorada e, quando ficou confirmada sua presença na localidade, o estado de São Paulo estava bastante envolvido pela crise econômica que assolava o país.

Assim, em 26 de janeiro de 1929, com a presença de autoridades estaduais e locais, de todas as associações religiosas da Paróquia e de inúmeras representações da sociedade, realizou-se a cerimônia de lançamento da pedra fundamental do edifício destinado à Escola Normal de Bebedouro. O terreno sobre o qual foi lançado o fundamento deste futuro Colégio das Irmãs Doroteias foi generosamente doado pelo Coronel Raul Furquim e por sua esposa, Donina Valadão Furquim. A construção aconteceu sob a coordenação do engenheiro João Alves de Toledo.

Em razão de dificuldades, houve um atraso significativo nas obras de construção do prédio, por quase um ano. Apesar desse atraso, a construção já se destacava na cidade e a imprensa apresentava suas considerações e expectativas com relação ao Colégio que em breve seria inaugurado:

“Vamos, finalmente, ver muito em breve convertida em grata realidade, uma das mais antigas e nobres aspirações de Bebedouro. Quem vem pela linha férrea, ao desembocar na última curva, tem o seu olhar atraído por um grande prédio, que se destaca altivamente entre todos que o circundam. É o edifício em que funcionará brevemente a Escola Normal Feminina. Esse tão árduo empreendimento, em boa hora começado, mas que, por causa da tremenda crise que nos últimos anos tem assolado o país, parecia fadado a um lamentável fracasso, está prestes a provir os mais ótimos frutos, graças à invulgar energia e fé inquebrantável do digníssimo vigário, sr. Cônego Aristides da Silveira Leite, um dos mais preciosos ornamentos da sociedade bebedourense.”

Mesmo assim, quando as primeiras Irmãs chegaram à cidade, no final de 1930, o prédio ainda não estava em plenas condições de ser habitado. As dificuldades iniciais, no entanto, foram gradativamente superadas e no ano seguinte ao da fundação, um periódico paulista publicou uma nota acentuando o valor da construção da Escola Normal de Bebedouro:

“O edifício em que acha localizado o estabelecimento escolar foi construído de molde a preencher todas as condições higiênicas e pedagógicas exigidas pelo ensino moderno. Amplos dormitórios, excelentes salas de aula, diversos pátios para recreios, magnífica água potável de uso exclusivo do Colégio, alimentação sadia, clima salubérrimo, ensinos sólidos, inexcedível zelo e dedicação pelas alunas confiadas aos desvelos de suas educadoras, constituem um motivo para a preferência que mui justamente vem sendo dada à Escola”.

Memórias e Depoimentos. Colégio Anjo da Guarda – 75 anos – prof. José Pedro Toniosso.

“Cantai ao Senhor um canto novo, louvor a ele dos confins de toda a terra!”

“Que a bondade do Senhor e nosso Deus repouse sobre nós e nos conduza!

Tornai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho, fazei dar frutos o labor de nossas mãos!” - (Sl 89)

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