" Estamos consternadas diante da tragedia acontecida com a população dos municipios fluminenses. Acompanhamos com tristeza o sofrimento das pessoas que estão sem teto, sem familia, sem nenhum recurso. Contam apenas com a solidariedade humana. Apesar da dificuldade de comunicação, temos recebido noticias das irmãs e dos professores da Faculdade Santa Dorotéia e do Colegio N.Sra.das Dores, no centro de Nova Friburgo, pertencentes à nossa Congregação. Os arredores dos dois prédios, cercados por montanhas, também sofreram calamidades. O Colégio está sendo ponto de apoio da região em tempo integral. Dependências fÃsicas estão ocupadas por médicos e equipes da FIOCRUZ atendendo a feridos, doentes, vitimas da tragedia. A diretora Jean Beatriz, professores e funcionários, voluntários, estão prestando serviços, incansavelmente, aos necessitados. Ainda ali, na comunidade religiosa, foram acolhidas pessoas desabrigadas ou que se encontravam em situação de grande risco : o sr. Bispo Diocesano, religiosas de outras Congregações, a diretora e irmãs da nossa Faculdade, um grupo integrante da Toca de Assis... Cristiane, uma jovem professora do colégio e seis pessoas de sua familia morreram, soterradas. Oneida, uma funcionária de mais de 30 anos de casa, foi também soterrada com seu esposo e filha e os corpos ainda não foram encontrados. Há ainda dolorosas incertezas acerca de familiares de alunos e de outros.
Sabemos dos nossos sentimentos diante da catástrofe. Sabemos da dor e sofrimento do povo, vitima dela. O que sentimos e sabemos, nos move à ação? O que podemos fazer para diminuir essa avalanche de dor? O que faremos para aliviar esses sofrimentos? O que aprendemos diante dessa reação incomum da natureza? ".